Os pesos agora divididos. Enquanto tento juntar de alguma
forma alguma coisa divida aqui, eles estão cheios de si. Em partes me perdi, em
inteiros estou encontrada, mas dividida. Em texturas diferentes deslizo sem
demonstrar algum dó, alguma dor. Peso, apenas peso sobre quem me puxa, quem me
levanta e quem me abraça.
Deixo escorrer entre as partes, entre as penas, entre as
pernas. Distanciando cada inteiro que me vem oferecer, dispensando espelho e
trajes impecáveis. Impetuosos braços que pesam e seguram minha cabeça ao dormir,
ao tentar ir, deixar vir. O estrondoso ato de quem divide suas saudades, suas
metades inquietas. Uma pesa lá e outra pesa aqui.
Arrebatada, me descabelando por ossos que me pesam, me
cobrem e cumprem todo seu papel de choque. Logo numa anestesia tão duradoura,
em ensandecidas mentes desabrochadas que pesam e pensam que mentem. Destroçada
pelo ar pesado que ficou com a ida dos que vieram para ficar e pesar em todas
as partes divididas que deveriam ser coladas e sempre amoladas para afiar.
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